segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O original e a cópia.


Monge caminha em Lhasa, em frente ao Palácio Potala - que já foi sede do governo tibetano
 


Um jovem noviço chegou ao mosteiro e deram-lhe a tarefa de ajudar os outros monges a transcrever os antigos cânones e regras da Igreja. Ele ficou surpreso ao ver que os monges faziam o seu trabalho a partir de cópias e não dos manuscritos originais.

Foi falar com o abade e explicou que, se alguém houvesse cometido um erro na primeira cópia, esse erro propagar-se-ia em todas as cópias posteriores. O abade respondeu-lhe que há séculos copiavam da cópia anterior, mas que achava bem relevante a observação do noviço.

Na manhã seguinte o abade desceu até as profundezas da caverna na cave do mosteiro, onde eram conservados os manuscritos e pergaminhos originais que não eram manuseados há muitos séculos.

Passou-se a manhã, a tarde e depois a noite, sem que o abade desse sinais de vida.

Preocupado, o jovem noviço decidiu descer e ver o que tinha acontecido. Encontrou o abade completamente descontrolado, com as vestes rasgadas, a bater com a cabeça ensanguentada nos veneráveis muros do mosteiro.

Espantado, o jovem monge perguntou:

- Abade, o que aconteceu?

- Aaaaaaaahhhhhhhhhh!!! CARIDADE...CARIDADE!!! Eram votos de "CARIDADE" que tínhamos de fazer. E não de "CASTIDADE"!!!

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